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INSOMNIA

   Dezesseis metros quadrados de paredes azuis, madeira escura e arranhada sob os quatro pés da cama que fora me doada há alguns meses. À direita, um criado mudo antigo, um abajur desligado, cujo poder de iluminação aparenta ser maior do que é de fato; um copo de vidro com três quartos de água filtrada – um ritual diário antes de adormecer, dizem ser bom ao coração. Há tempos não sei o que é adormecer naturalmente. O coquetel medicamentoso é o grande responsável. Seria de fato, ou é só um bode expiatório para tudo isso?    Meu corpo insone está lançado à sorte na cama com lençóis brancos, em meio a penumbra, o suficiente para que segundos ou terceiros não desvendem meu sexo. Os olhos correm o teto; a única referência de iluminação é a luz da rua lançada sobre a bailarina de metal, suspensa sobre o soquete cinza da lâmpada; um rodopiar frio e brilhante se forma de um lado ao outro, como se debochasse do porquê de toda a existência.     Ela me fita, eu a fito. [1h30] O tique

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